A ignorância de alguns comentários que tenho lido por aqui e por ali só podem ser de pessoas que nunca conduziram na vida. Todos nós em algum momento facilitamos, mexendo no telemóvel, entrando numa curva demasiado depressa, ultrapassando sem ver bem, acelerando a fundo por um bocadinho porque nos sabe bem, esquecendo-nos de verificar o ar dos pneus, olhando para o lado em vez de para a frente, pisando um traço contínuo, não parando num Stop, passando um sinal mais vermelho que amarelo porque ninguém viu...
E todos nós estamos sujeitos a uma lotaria cada vez que pegamos no carro, porque mesmo sendo condutores exemplares estamos sempre sujeitos a tantos outros que um dia também facilitam ou em alguns casos que são inconscientes por natureza e não respeitam a vida de ninguém.
Mesmo quando batemos em algum lado, a sorte tem de jogar a nosso favor, quando um carro se despista ninguém consegue fazer nada dele. A sensação das rodas levantarem do chão enquanto tudo ganha uma velocidade estonteante, de ver as peças saltarem do carro, de bater a primeira vez, do carro levantar voo novamente, de bater a segunda vez e só desejar que aquilo acabe, que pare ali, que ninguém nos atinja, que não acertemos em mais nada, que possamos VIVER.
Não consigo imaginar as imagens horrorosas que passaram pela vista daquele jovem, o sofrimento e o medo atroz que ele deve ter sentido, o arrependimento amargo que o deve ter atingido durante milésimos de segundo e o fim. E duvido que existam palavras de consolo suficientes para aquela mãe e aquele pai num momento tão difícil.
Devemos acreditar que a todos nós pode acontecer o mesmo e antes de levantarmos as vozes ao alto devemos ponderar quantas vezes já pensamos "Foi por um triz". Um dia também achei que tinha tudo controlado, que nada me podia acontecer porque só acontecia aos outros, esse foi o dia em que ao entrar numa curva o meu carro bateu em todos os separadores até se imobilizar.
A diferença é que neste caso a falta de sorte e o facilitismo custou a vida de dois jovens que ainda tinham muito para fazer neste mundo, não será por si só um preço demasiado alto? Nem todas as pessoas têm segundas oportunidades...infelizmente.
E todos nós estamos sujeitos a uma lotaria cada vez que pegamos no carro, porque mesmo sendo condutores exemplares estamos sempre sujeitos a tantos outros que um dia também facilitam ou em alguns casos que são inconscientes por natureza e não respeitam a vida de ninguém.
Mesmo quando batemos em algum lado, a sorte tem de jogar a nosso favor, quando um carro se despista ninguém consegue fazer nada dele. A sensação das rodas levantarem do chão enquanto tudo ganha uma velocidade estonteante, de ver as peças saltarem do carro, de bater a primeira vez, do carro levantar voo novamente, de bater a segunda vez e só desejar que aquilo acabe, que pare ali, que ninguém nos atinja, que não acertemos em mais nada, que possamos VIVER.
Não consigo imaginar as imagens horrorosas que passaram pela vista daquele jovem, o sofrimento e o medo atroz que ele deve ter sentido, o arrependimento amargo que o deve ter atingido durante milésimos de segundo e o fim. E duvido que existam palavras de consolo suficientes para aquela mãe e aquele pai num momento tão difícil.
Devemos acreditar que a todos nós pode acontecer o mesmo e antes de levantarmos as vozes ao alto devemos ponderar quantas vezes já pensamos "Foi por um triz". Um dia também achei que tinha tudo controlado, que nada me podia acontecer porque só acontecia aos outros, esse foi o dia em que ao entrar numa curva o meu carro bateu em todos os separadores até se imobilizar.
A diferença é que neste caso a falta de sorte e o facilitismo custou a vida de dois jovens que ainda tinham muito para fazer neste mundo, não será por si só um preço demasiado alto? Nem todas as pessoas têm segundas oportunidades...infelizmente.
Sem comentários:
Enviar um comentário