quinta-feira, 7 de julho de 2011


O destino tarda mas não falha e os capítulos fecham-se sobre si próprios num dia que tinha tudo para ser apenas mais um nesta longa semana.
Nunca me arrependi das decisões que tomei, nunca fui pelo caminho mais fácil que era o ataque, nunca quis o mal de quem me magoou tanto mas sempre acreditei que tudo tinha um retorno e que ninguém esperasse fazer o mal e receber apenas o bem.

Hoje podia ter-me aproveitado das fragilidades, podia ter dito tudo o que em momentos de revolta cheguei a pensar, podia ter devolvido toda a humilhação e frustração de outros tempos que me fizeram dizer basta, podia...mas nem sequer pensei nisso, não sou assim, não faço cenas, mesmo sendo apanhada totalmente desprevenida e tendo tremido durante vários minutos.

A Vida continua e o passado fica lá atrás. Agora sou eu que digo que não quero a minha filha perto de pessoas que me fizeram sofrer, que não acredito num avô que não soube amar a sua própria filha e que não tenho nada para perdoar a ninguém. Os rancores foram ultrapassados à muito tempo, hoje dei-me conta de que só consigo sentir algo semelhante a pena por não conseguir sentir mais nada do que indiferença. É tão estranho...as voltas que a Vida dá.

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