Saio de um escritório acompanhada por uma das responsáveis. Da esquina do edifício aparece um cão com cerca de 50 cm a correr na nossa direcção.
- Cuidado! Esse cão morde.
- Morde?! Mas já mordeu a alguém?
- Já! A mim.
O cão vem direito a mim para me morder a perna e o instinto foi levantar a mala no ar e fazer-lhe frente. O cão não desarma. De dentes arreganhados andava aos saltinhos de um lado para o outro à espera da oportunidade para me afinfar uma perna. E eu não desarmo também perante um bicho que nem tamanho para ser cão tinha.
Estivemos naquele impasse uns cinco minutos até que de costas lá consigo entrar no carro e o desgraçado lança-me um olhar de desdém e desaparece a correr pelo mesmo sítio de onde veio.
Adoro cães mas nunca estive tão perto de espetar com a minha arma de arremesso (leia-se mala) na tola de um sem ter pena nenhuma.
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