Ontem reunimos todos à mesa para um aniversário especial. Ontem completavas mais um ano, tal como o teu pai e o teu filho. Mas ontem o aniversário fez-se apenas com eles, avô e neto e com a nossa companhia.
No teu lugar ficou a minha pequena Di, cercada pelas pessoas que antes te cercavam a ti. Houve sorrisos, boa disposição mas sabíamos que esta tranquilidade era frágil perante o negro que salpicava a mesa e a resistência em falar sobre aquele bicho feio que te levou. Passaram cinco meses, a vida continuou, nós continuamos todos, de tal maneira que ontem entre nós falámos sobre ti com toda a naturalidade. Mas entre muita coisa não quisemos falar de algo em particular, das saudades que sentimos. Que são muitas. Que são imensas. Que só se vão dissipar no dia em que te reencontrarmos.
Por isso ontem foi um aniversário especial mas sem Parabéns, sem velas sopradas e sem palmas. Bastou-nos a presença uns dos outros, as conversas habituais, os beijos e os abraços e as lembranças que estão impregnadas em cada recanto daquela casa e nos fazem sentir-te um pouco mais perto. Mas hoje que ninguém me vê eu digo-te baixinho Parabéns titi! onde quer que estejas!
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