Um amor que não se compreende...

Seria sensato pensar que todas as pessoas colocam o amor pela vida sobre o amor por qualquer outra coisa/objecto inanimado e neste caso específico cuja função é apenas alimentar-nos. A comida. E que por muito que se goste de comer, quando os sustos são mais que muitos, quando a nossa própria vida está em risco de forma muito grave devíamos ter uma epifania e optar por aquilo que realmente é importante. A vida. Porque no fundo não se trava amizade com a comida. A comida é apenas um objecto, saboroso é certo, que serve para nos dar a energia suficiente para convivermos com os nossos verdadeiros amigos de carne e osso. E se estamos a falar de um vício, semelhante à droga e ao tabaco então era importante procurar-se ajuda. Ajuda de pessoas especializadas. Psicólogos. Nutricionistas. Treinadores. E para isso deve-se admitir que temos um problema. Grave. Porque não é giro pesar 150Kg. É triste. É triste porque o vício está a levar a melhor e a consumir-nos lentamente. Porque ser O Gordo do grupo é aquilo que ninguém quer. Especialmente quando se merece mais. Muito mais desta vida. E quando se tem capacidades para ser muito mais. E até se é. Mas à volta a gordura vai-se acumulando, roubando-nos toda a saúde, toda a qualidade de vida e semeando infelicidade. Sim porque os olhos não mentem. Nem os teus nem os nossos. Repletos de preocupação. De medo de um dia receber uma má notícia. E de não abrires os olhos a tempo. Ou de te deixares simplesmente levar. Porque tens sido capaz de tanta coisa mas por algum motivo (que só tu sabes) achas que não consegues superar isto. Mas consegues. Portanto se te queres casar, casa-te com a mulher que está ao teu lado. Se queres um compromisso para a vida, faz um filho com ela e vê-o crescer. Se queres momentos bem passados convida-nos para estar por perto e jantarmos uma salada. Mas VIVE. Não te entregues. Ninguém pode viver por ti. Mas queremos viver contigo por perto. Faz-nos esse favor.