quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Não acredito neste país...

Não acredito mais neste país. Não acredito nas pessoas que são pagas por NÓS para o gerirem em função do bem estar económico-SOCIAL. Não acredito em promessas, nem indicadores económicos enviesados, ou em pressupostos macro-económicos que batem sempre ao lado. Não acredito na Justiça, que devia ser cega e imparcial e que cede sempre perante o dinheiro que a alimenta. Não acredito neste monstro que se alimenta do meu ordenado, que não me deu um único cêntimo de apoio pelo nascimento da minha filha e que me considera uma pessoa abastada por auferir um salário mediano que se esgota em cada medida de austeridade. Não acredito nas promessas de emprego, quando lá em casa vive alguém que procura emprego há três meses e as ofertas ao invés de aumentarem escasseiam. Não acredito em teorias de que estamos todos a ajudar. Todos quem? Os pensionistas? Os trabalhadores que já estão dormentes de tanta paulada? Ou as empresas que estão às moscas porque os clientes agora vivem de duas prioridades, pagar a casa e comer? Não acredito sequer que isto mude com a saída do Governo, porque em Portugal vive-se de capelinhas e tachos, sai de lá alguém para entrar o filho de outro senhor influente. E quem sai vai para uma das fundações auferir um salário mensal equivalente ao bruto anual de muita gente e pago por quem? Por quem não tem um pai, um tio, um primo ou um padrinho que lhe acautele a vida. É assim neste país. Fazem pose de galo, donos da sua capoeira, cheios de postura e de charme, acham que são alguém no mundo e vai-se a ver virados ao contrário não têm nada, nem pão para colocar na mesa. Deprime-me ver o estado desta nação, de braços caídos e cabeça no chão. Porque se há algo em que eu acredito é na boa fé e no espírito altruísta do povo português. O problema é que a quem se dá um dedo pedem a mão e os abusos têm um limite. Um dia o povo levanta-se. E lá em cima, nos pelouros, muita gente vai tremer.

3 comentários:

  1. Essas palavras poderiam ser minhas.
    Aqui em casa a situação é idêntica. Não recebemos um único cêntimo pelo nascimento dos babies. As ofertas de emprego escasseiam e as que aparecem são em condições muito precárias, ...
    Enfim... não sei onde isto vai parar!

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  2. Subscrevo. Não confio mais nestas pessoas, não sei onde vamos parar!

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  3. Completamente de acordo...

    ...o problema é que já digo isso desde o tempo do Engº Guterres (que foi onde o descalabro se agravou, embora tivesse começado a meio do governo do Dr. Aníbal) e no entanto...

    E basta um levantar-se e fazer aquilo que ninguém espera...

    :)

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