Não sei onde é que me desajustei ou se foram as minhas vivências que me desajustaram. Lembro-me de ser miúda e já saber relativizar. Não me lembro de ataques de ansiedade nem de ter um medo generalizado sobre toda e qualquer coisa. Lembro-me sim de que quando a vida sossegou, quando tudo entrou nos eixos é que esta coisa veio para me apanhar. E não fossem os sintomas físicos e eu nem daria conta de nada mas infelizmente eles existem, oh se existem. E dão-me cabo da cabeça porque assim que os sinto já sei o que se passa. Basta uma discussão mais acesa. Ou algo que me fica demasiado tempo atravessado na garganta para despoletar tudo isto. Infelizmente para mim. Gostava de ser como aquelas pessoas que faça chuva ou faça sol conseguem sempre dar a volta por cima e encontrar nos momentos mais calmos a tranquilidade que necessitam para se revitalizar. Iniciei um longo caminho nesse sentido há dois anos, sem medicação e sem artimanhas, e ainda tenho muito que palmilhar. Mas hei-de lá chegar. Oh se hei-de!
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