segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Que mania...

Certamente que todas nós gostamos de nos sentirmos bem, de olharmos ao espelho e revermos exactamente a imagem que nos massaja o ego, nem que seja apenas para a nossa alegria interior.
Para tal muitas vezes, usamos produtos, acessórios e roupas um pouco mais caros, e outras vezes não. Cada um usa o que tem, e o que pode conforme as suas necessidades/possibilidades, e tenho para mim que o mundo não precisa de saber o preço de cada coisa, caso contrário nem necessitava de cortar as etiquetas.

Ora, a uns tempos conheci uma pessoa com uma visão totalmente diferente, exibicionismo puro, sem meias palavras e com afirmações que roçam o ridículo como "Nunca seria capaz de viver num T2, uhhh eu sinto-me sufocada nesses espaços, estou habituada à minha casa de 4 andares" que só proporcionaram olhares constrangedores entre os pobres habitantes de T2/T3 e afins que estavam presentes.
Com situações deste género à mistura passaram-se alguns anos até que este fdsmn tudo superou as minhas expectativas.
Em conversa com uma amiga ela diz-me:
- Olha almocei com a X e o namorado este fdsmn. E sabes onde nos levaram depois?
- Onde?
- A uma Quinta de Casamentos, mostraram tudo, disseram os preços de tudo, e pronto era fantástica e gira e tal!
- Então mas vão casar?
- Não, não falaram disso ainda!

What???? Mas eu sou desprovida de bom senso ou algo aqui me escapa???
Então primeiro não decidimos casar e tal, fazemos um anúncio com pulinhos e abraços e depois é que pensamos na Quinta?!
E por acaso deve-se mostrar os preços aos amigos?! Desde quando?! "Olha o quão caro vai ser o meu casamento, é quase um privilégio se eu te convidar!"
Desculpem mas é o que me soa!

Eu devo ser muito básica, porque fiz o anúncio na faculdade com todos os amigos presentes, adorei o delírio, adorei os abraços, adorei as gargalhadas e nem pensei no resto.
Porque só depois escolhi a quinta, e havia amigos que a conheciam e outros não, portanto conheceram no dia do casamento, mas nem por sombras imaginavam a despesa que estava por trás de tudo.
Cada um deu a prenda que podia, sem pressões ou frustrações, porque eu não estava a rentabilizar um casamento (nunca se rentabiliza) estava a comemorar com todos a minha felicidade e do R.

Mas pronto, cada um é como é, e algumas pessoas têm necessidade de mostrar ao mundo o que são, o que podem ou não só para se afirmarem.
E os outros muitas vezes têm de engolir em seco, caso contrário ainda passamos por invejosos/maus diabos e afins.



2 comentários:

  1. Há gente que realmente é muito gentinha... sem saber estar e de um pedantismo tal que consegue constrangir os presentes...

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