terça-feira, 27 de abril de 2010

Memórias - Encontro imediato

Este fim-de-semana gostava de ir ao Oceanário (nunca lá fui - shame on me) com o R., acho que deve ser um sítio muito giro, cheio de peixinhos e "peixões" capazes de nos arrancar o fôlego.
Pensando nisso lembrei-me de um episódio "menos feliz" na nossa lua-de-mel nas Maldivas.
Ao chegar ao Resort fomos avisados que existiam por lá 2 tubarões bebés, supostamente muito giros e inofensivos e tutti e tutti para podermos ficar descansados.
E ficámos. No dia seguinte vimos os ditos tubarões pequeninos perto das JWV e ainda nos rimos com o ar amoroso dos mesmos.
Já na outra manhã vimos um tubarão que de pequenino tinha pouco, já media aí um 1,20mt e até estranhamos um tubarão daqueles nadar nas águas do Resort e não fora das barreiras.
As maravilhosas águas das Maldivas convidam mesmo a fazer snorkeling e a descobrir o mundo encantado de peixinhos e corais que ali existe.
Mas desde que avistei o tubarão maior nunca mais entrei 100% descansada na água, estava sempre alerta e imaginava que iria avistar o "peixinho" a aproximar-se caso isso pudesse acontecer.
Numa das últimas tardes da nossa estadia afastamo-nos um pouco pelo acesso traseiro das JWV à água, estavamos a cerca de 150mt do quarto e delirantes entre foto aqui e ali, com os peixinhos mais giros e coloridos que alguma vez vi.

Para não aparecer nas fotos contornava o R. por trás e foi assim que aconteceu...

Ao virar-me encarei com um tubarão enorme, azul e com uns olhos gigantescos, senti-me ser circundada de forma muito rápida por vários tubarões, os quais estavam em óbvio frenesim.

Entrei em pânico, tirei a máscara e gritei para o R. "TUBARÃO FOGEEE".
Não havia tempo para pensar, era nadar o mais rápido possível para o quarto, só que eu estava sem máscara e obviamente aterrorizada, ganhei impulsão com as barbatanas mas sem ver o destino, na minha mente só me ocorria que podia ser abocanhada a qualquer momento e que ninguém me podia ajudar. O R. chega às escadas do quarto e eu quando parei vi que tinha nadado demasiado para a esquerda e tinha ficado entre o quarto ao lado e o meu.

Parei e pensei, "Nada devagar, tem calma!" o R. só me gritava "Calma, vais conseguir, tem calma".

Quando atingi os degraus e cheguei aos braços do R. foi como se tudo tivesse parado à nossa volta. Gabo a coragem de quem faz mergulho perto destes animais e que até os estuda, eu cá não tenho estofo para isso.

E por incrível que pareça, em conversa com outros casais portugueses no Resort, fomos os únicos bafejados com tamanha "sorte" de ter um encontro imediato com um tubarão. É preciso pontaria hein?!

4 comentários:

  1. Bem, fiquei sem palavras!Se fosse eu, nem quero pensar...mas desmaiava com toda a certeza!

    bjos

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  2. E eu gabo a tua coragem.
    Eu acho que paralisava no momento!
    Nem quero pensar.

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  3. Tenho para mim que nestes momentos arranjamos coragem onde nem sonhamos que existe.

    Beijinhu para todas

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