sábado, 13 de novembro de 2010

Nascemos Crescemos Morremos...

A ordenação é esta, mas por algum motivo o tempo que decorre entre o nascimento e a morte não é igual para todos. Os critérios para a escolha dos que ficam e dos que partem não é conhecido, e acercados de incertezas só nos resta um caminho, o que fica mais à frente.
A Vida essa sim é grandiosa, repleta de sentimentos, de sonhos, de vontades, de crenças, este é claramente o expoente máximo da nossa passagem. Podemos ser gigantes enquanto respiramos, podemos cruzar o Mundo, podemos semear felicidade e colher tempestades para mais tarde sermos recompensados, podemos porque tudo é possível ao som das batidas do coração.
A Morte é apenas um corte frio, doloroso e revoltante, nela prevalece o desconhecido, o vazio, o injustificado, o fim. O caminho continua a ser em frente, mas desta vez sentimo-nos amputados, assustados e terrivelmente impotentes.


Nada está nas nossas mãos, é por isso que revejo na minha mente continuamente aquelas pessoas a passarem por nós no Cemitério, a seguirem o seu rumo, enquanto eu/nós me sentia tão pequena e petrificada. E se penso que tudo não passou de um sonho, depois regresso aquela entrada da igreja e perco a esperança de acordar.

O caminho está ali à frente e nós vamos conseguir lá chegar, uns mais depressa, outros mais devagar, mas acima de tudo juntos e com a certeza que tudo isto só é suportável porque nos temos uns aos outros.

Um dia só vão sobrar sorrisos para falar de ti, um dia só vão existir saudades, um dia tudo isto se vai tornar mais fácil, um dia encontramos-te novamente.

Um dia talvez consiga entender o que aconteceu e sentir que a despedida está completa, até la...

Fica a minha forma de te dizer adeus.


Only the young can break away, break away.
Lost when the wind blow; on your own, ohh..
Only the young can break away, break away.
Lost when the wind blow; on your own, ohh...