segunda-feira, 8 de novembro de 2010


Sempre que fecho os olhos...
Consigo ver-te do meu lado esquerdo como na última vez que estivemos juntos...
Consigo ver-te a pressionar os lábios com o dedo indicador sempre que ficavas confuso...
Consigo ver-te a acenar com a cabeça e um largo sorriso sempre que descobrias algo...
Consigo ver-te de olhos esbugalhados sempre que dizia uma patetice...
Consigo ouvir as tuas gargalhadas tão...tuas...

Desabafei mais contigo do que muita gente sabe ou sonha, porque por trás de tanta brincadeira transmitias um conforto e uma maturidade tão grande que tornava tudo muito fácil...

Nunca te disse mas queria tanto ser um pouco mais como tu, menos transparente, dona de uma super inteligência e de uma grande humildade, menos preocupada com os meus problemas e sempre bem disposta...mas penso que só tu tinhas esse dom.

Ontem quando atendi o telefone, estava longe de imaginar que o início das palavras simbolizavam o fim...assim de uma forma tão cruel...
Não sei, não entendo e duvido que consiga entender o que se passou. Ninguém tinha coragem de te fazer mal...pois não? Mas então o que raio aconteceu? E porque é que tu não voltas?

Nunca aqui estive, neste ponto sem retorno, não sei o que se fazer a esta revolta e não tenho estofo para pensar em homenagens quando ainda tenho a esperança que tudo isto seja um enorme equivoco.

Agora já sei que há morte depois da vida...mas eu não te disse adeus...

8 comentários:

  1. Não há palavras para te aliviar esta revolta e dor. Só te quero deixar um abraço com muita força. Estarei sempre aqui se precisares de desabafar. Um bjinho grande com muita esperança e força para ti.

    ResponderEliminar
  2. Eu queria dizer/escrever qualquer coisa...mas não sai nada =(
    Beijinho*

    ResponderEliminar
  3. Obrigada.

    Maffie

    Vemo-nos hoje querida.

    Beijo para todas

    ResponderEliminar
  4. Fiquei arrepiada... Muita força e um abraço muito apertadinho para ti!

    ResponderEliminar