quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Meditação...

Muitas vezes para controlar os ataques de ansiedade é utilizada medicação. A verdade é que a medicação elimina os sintomas físicos dos ataques e cria uma aparente sensação de tranquilidade. Mas também tem associado uma série de efeitos secundários que comprometem alguns aspectos da vida e cria uma dependência física e psicológica.

No seguimento de um tratamento devem ser encontradas soluções que permitem equilibrar a mente, dar-lhe conforto e a tranquilidade que necessita para enfrentar o dia-a-dia de uma forma mais optimista.

Uma terapia que recolhe boas opiniões tanto dos praticantes como dos médicos é a meditação. E se parece algo simples ou até esotérico pois que da minha recente iniciação neste campo posso afirmar que não é. A verdade é que a nossa mente nunca está em silêncio, não existe um botão para fazer pausa e mesmo quando nos tentamos concentrar existem sempre preocupações que surgem sabe-se lá de onde.

Sossegar a mente é claramente a maior dificuldade, e chega a ser frustrante darmos por nós a pensar que não conseguimos parar de pensar (passo a redundância). Mas estas dificuldades iniciais podem ser ultrapassadas com algum esforço diário e com algumas dicas que os entendidos na matéria podem facultar durante as aulas.

A verdade é que neste curto espaço de tempo tomei consciência que:
  • Não sei respirar fundo;
  • Não sei descontrair o corpo;
  • Não sei controlar o turbilhão de pensamentos, dúvidas, medos e afins que me atingem;
  • Não sei onde é que me tornei tão stressada com as coisas simples da vida.
E com calma vou aprendendo a controlar novamente coisas tão simples e tão importantes como as que referi acima. É algo que demora o seu tempo, mas até isso serve para fazer frente à ansiedade, e tem uma grande vantagem...não faz mal à saúde.

Cepticismo à parte, posso afirmar que não vi a Luz, não me tornei vegetariana, não comprei espanta espíritos ou comecei a queimar incenso, mas até agora ganhei uma maior consciência da importância do bem estar mental como contributo para o bem estar físico.

Fica o conselho para quem, como eu, conhece as limitações que a ansiedade pode trazer à vida quotidiana.

5 comentários:

  1. Querida Purple, este assunto interessa-me muito. Que tipo de meditação fazes? Fazes sózinha ou acompanhada? Vais a algum local?
    Beijinhos e obrigada pos este post :)

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  2. Como já deves ter lido no meu blog, também sofro desse mal. Aprendi a respirar com a minha irmã, que é técnica de Radioterapia e teve aulas sobre isso. Revi-me em muito daquilo que escreveste. Há pessoas que pensam que é um capricho, mas a verdade é que pode ser altamente incapacitante!

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  3. Manuela

    A meditação que faço tem por base os ensinamentos do Reiki. Como sou totalmente nova nestas coisas, acompanhei uma amiga a uma aula de grupo (3/4 pessoas) onde um Mestre de Reiki conduz a aula.

    As aulas têm lugar num centro relativamente perto de casa e duram sensivelmente 1 hora com uma frequência semanal.

    O importante é ter vontade de começar e aceitar que não estamos habituados a ver o Mundo de uma forma mais tranquila, portanto temos de dar tempo à mente para ela se acalmar mais e mais a cada aula.

    Acredito que, uma vez ultrapassadas as dificuldades iniciais, poderei praticar meditação durante o resto da minha vida.

    Se puderes experimenta e depois (se puderes) diz-me como correu.

    Beijinhu grande

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  4. Teardrop

    Parece que este é um mal cada vez mais comum, viver num stress constante não nos traz nada de bom.
    A diferença é que algumas pessoas são suficientemente estruturadas e resistentes a este ritmo de vida, outras não.

    Aprender a respirar parece básico, mas é tão difícil respirar fundo mais que 3/4 vezes seguidas. Eu às vezes sinto que até para respirar tenho pressa.
    Ainda bem que tiveste a ajuda da tua irmã, neste problema toda e qualquer ajuda que não prejudique a saúde é muito bem-vinda.

    Beijinhu :)

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  5. Um dia.. vou experimentar! Muitas vezes sinto que não sei respirar e essa ideia de reaprender parece-me muito bem. Resultado de nunca conseguir desligar e parecer que vivo tudo a mil.

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