quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Coisas verdadeiramente assustadoras...

Seguindo o post da SAV sobre o ataque fatal de um tubarão nas Seychelles a um jovem recém-casado não consegui deixar de me arrepiar e questionar-me sobre a segurança deste tipo de resorts.

Lembro-me que na minha lua-de-mel garantiram-me que não existiam tubarões no resort e que as excepções seriam dois bebés que por lá tinham aparecido.
O certo é que ao quarto dia eu e o R. já tínhamos contado 3 tubarões bebé e um de porte médio que me deixava com pele de galinha. Mais estranho foi que ao avistarmos um cardume de peixes grandes a atacar um pequenino surgiram de diversos lados vários tubarões excitados com o frenesim.

Eu imaginava que nas margens dos resorts existia algum tipo de sistema que impedia a passagem destes animais mas a verdade é que nos pontos mais fundos foram construídos alguns diques e bancos que impedem apenas a aproximação dos animais de grande porte.
Escusado será dizer que um tubarão de médio porte é uma coisa verdadeiramente assustadora e que um ataque de um destes seres é coisa para deixar um ser humano muito mal tratado sendo que qualquer tipo de ajuda hospitalar se encontra a várias milhas de distância numa das ilhas mais centrais.

Este jovem provavelmente nem teve tempo de se aperceber do perigo que se aproximava, mesmo em águas pouco profundas este animal furtivo surge sabe-se lá de onde e quando damos por nós estamos metidos em sarilhos e sem grande margem de manobra. E a teoria de não entrar em pânico é muito válida mas quando somos apanhados desprevenidos por aqueles olhos gigantescos de um animal que parece uma arma letal é muito difícil manter a calma. Afinal de conta intuímos que estamos em segurança nas águas próximas à praia ou ao bungalow a gozar a nossa lua-de-mel e de repente o nosso sonho é arruinado e a nossa vida é desfeita perante a impotência de quem nos rodeia.

Da minha lua-de-mel trago as melhores recordações do mundo, dificilmente superáveis em outras viagens mas também trago um dos maiores sustos da minha vida em que valeu cruzar-me apenas com um animal curioso e não esfomeado.

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