Quando algo acontece com o bebé de uma mulher grávida surge espontaneamente uma onda de solidariedade de todas as outras mulheres grávidas que têm conhecimento de causa. É como se existisse um elo invisível que as torna solidárias para com a dor de uma perfeita desconhecida que perdeu o seu bebé.
Lembro-me do dia em que entrei na Cuf lavada em lágrimas, depois de ter atravessado um IC2 com o acelerador no fundo e os quatro piscas ligados porque estava a perder o meu bebé. Quando me sentei naquela sala de espera repleta de grávidas senti os olhares de pena, de inquietação, de solidariedade e de medo à medida que algumas passavam a mão nas suas barrigas. Eu sabia que pensamentos assolavam aquela sala, eu sentia o significado daquele silêncio. Qualquer uma delas sabia que podia estar no meu lugar, ali a chorar sem perceber os porquês e sem ter uma única resposta...só uma dor colada no peito e uma impotência que nos transcende por completo.
A minha história e da minha bebé continuou mas jamais esquecerei o ambiente daquela sala de estar, daqueles escassos minutos em que senti que aquelas desconhecidas não estavam nem um pouco indiferentes à minha dor.
Hoje uma simples conhecida perdeu o seu bebé que iria nascer em Novembro e foi notória a angústia que se apoderou de todas as presentes que estão grávidas, eu incluída. A ela só posso desejar a maior força do mundo e a capacidade de ultrapassar uma dor tão profunda como esta. Eu estarei do fundo do coração, a torcer para que as lágrimas dêem lugar a sorrisos e a dor se dilua com o tempo.
Ninguém...ninguém devia perder um filho...e tão perto de o conhecer, de o cheirar, de o abraçar...
Lembro-me do dia em que entrei na Cuf lavada em lágrimas, depois de ter atravessado um IC2 com o acelerador no fundo e os quatro piscas ligados porque estava a perder o meu bebé. Quando me sentei naquela sala de espera repleta de grávidas senti os olhares de pena, de inquietação, de solidariedade e de medo à medida que algumas passavam a mão nas suas barrigas. Eu sabia que pensamentos assolavam aquela sala, eu sentia o significado daquele silêncio. Qualquer uma delas sabia que podia estar no meu lugar, ali a chorar sem perceber os porquês e sem ter uma única resposta...só uma dor colada no peito e uma impotência que nos transcende por completo.
A minha história e da minha bebé continuou mas jamais esquecerei o ambiente daquela sala de estar, daqueles escassos minutos em que senti que aquelas desconhecidas não estavam nem um pouco indiferentes à minha dor.
Hoje uma simples conhecida perdeu o seu bebé que iria nascer em Novembro e foi notória a angústia que se apoderou de todas as presentes que estão grávidas, eu incluída. A ela só posso desejar a maior força do mundo e a capacidade de ultrapassar uma dor tão profunda como esta. Eu estarei do fundo do coração, a torcer para que as lágrimas dêem lugar a sorrisos e a dor se dilua com o tempo.
Ninguém...ninguém devia perder um filho...e tão perto de o conhecer, de o cheirar, de o abraçar...
É muito doloroso sim senhora.
ResponderEliminarAté estou arrepiada e com o coração apertado.
ResponderEliminarFoi há pouco tempo que comentava isso com o meu marido, que além da dor sufocante dos pais, há um bebé que nunca será amado.
Bem, é melhor nem continuar.
Beijinhos,
Bomboca do Amor.