segunda-feira, 28 de novembro de 2011

E quando me sobra tempo para pensar...

...lembro-me de que à minha volta existem dores que ultrapassam o suportável.

Lembro-me da tua mãe que hoje devia estar feliz pelo teu aniversário e que no seu lugar apenas tem o vazio e as recordações de um filho que partiu aos 25 anos. Quando o céu era apenas o limite ele tornou-se a tua casa. É a dor dela que mais me aflige, porque quando somos mães passamos a viver ao som da batida do coração dos filhos.

E lembro-me de tu que estás a lutar para viver. Porque depois da frase "Está livre do cancro" a paz foi apenas temporária. As mazelas desta maldita doença não tardaram a fazer-se notar, a tirarem-te as noites de sono, a impedirem-te de trabalhar, a roubarem-te o sorriso fácil e contaminarem todos nós cada vez que olhamos para ti e te vemos num sofrimento silencioso.

Agora que Baby Di dorme serena no seu ninho eu só desejo que ela acorde para a abraçar e esquecer um pouco de que o Mundo pode ser um lugar muito cruel.

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