O Rodrigo podia ter sido astronauta, bombeiro ou cozinheiro. Podia ter estudado muito ou pouco. Podia ter casado ou ficado para tio. Podia ter ido à tropa ou não. Podia ter feito uma tatuagem. Ou duas. Podia ter sido pai e avô. Podia tudo e no fim não o deixaram. Aquela doença maldita roubou-lhe os sonhos e a vida e ficou uma soma de podias com um sabor amargo. O Rodrigo não venceu a doença mas venceu-nos a todos pelo amor com que hoje abraçamos os nossos filhos com força e pedimos baixinho para nunca nunca sentir esta dor. O Rodrigo merece o céu mas merecia muito mais a vida. Assim não foi.
A ela desejo-lhe O mundo. A ele que descanse em paz. A ambos que um dia se reencontrem num sitio muito melhor porque aqui esta vida é muito cabra.
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