quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dores que não se explicam...

Estando grávida sinto-me um íman de histórias e situações que se passam com várias grávidas à minha volta. Ficaria contente se todas elas tivessem um final feliz mas a verdade é que nem sempre assim é e às vezes acabo por questionar a justiça do Universo.

Uma grávida com 39 semanas foi aconselhada pelos médicos a provocar o parto para que o menino nasce-se já, esta rapariga teve medo de o fazer e resolveu esperar pela hora certa em que tudo fosse natural.
Às 41 semanas e sem sinais de trabalho de parto foi para o hospital onde o bebé morreu sufocado pelo cordão umbilical. Num caso normal teria sido possível fazer uma cesariana e retirar o bebé ainda com vida, mas com os nervos a tensão arterial da mãe disparou e tornou inviável qualquer intervenção cirúrgica.
Agora ela está no hospital, com o seu bebé sem vida dentro dela e totalmente desfeita. A amiga dizia-me que não podemos ter medo, temos sempre de fazer o melhor pelo bebé e nunca ficarmos agarradas às nossas fraquezas. É verdade...mas isso não muda o que aconteceu com aquela mãe e eu não consigo imaginar sequer a dor e a culpa que ela deve sentir neste momento por ter perdido o filho. Não sei, eu acredito que existem dores insuperáveis...por muita volta que a vida dê, por muitos filhos que ela possa ter, esta deve ser uma dor eterna.

7 comentários:

  1. É impossível não ficar com um nó na ngarganta depois de ler este post :(

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  2. Querida Purple, deve ser uma dor imensa... eu nem consigo quantificar...

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  3. Pelo que contas, a dor é dupla. Dor de ter perdido um filho, dor porque não acatou o conselho do médico.

    O meu médico aconselhou-me a provocar o parto; menos uns dias e teria sido considerado prematuro. Mas confiei - ele é que estudou medicina e especializou-se em obstetrícia - e correu tudo muito, muito, bem; tanto para mim, como para o bebé.

    É uma questão de confiança. Ou se confia ou não se confia. Por norma deixo o assunto nas mãos dos especialistas. Até para cortar o cabelo.

    Caso estejamos em dúvida, ter duas, três, quatro opiniões é um direito que nos assiste.

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  4. Peço desculpa, mas não consigo compreender a decisão desta mulher e muito menos ter pena dela. Eu acho que ela foi egoísta e nunca pôs o bem estar do bebé em primeiro lugar. Desculpem a frieza, mas não consigo pensar de outra forma. O médico também não devia ser grande coisa, pois ele deve ter visto o problema, nunca pensou foi que se agravasse. O meu filho nasceu às 38 semanas, a médica achou que era o melhor e marcou-se a cesariana. Nunca pus a sua competência em causa. O bebé estava formado e já não precisava de estar dentro de mim e o que tivesse que engordar, engordava cá fora. Enfim, as decisões cabem a cada um. Uma situação que podia perfeitamente ser evitada.

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  5. Eu concordo que ela podia ter agido de outra forma, devia ter protegido o bebé acima de tudo e evitar males maiores. Mas acho que o preço que ela pagou pelo erro foi demasiado alto e sinceramente não sei como se recupera deste tipo de dor quando sabemos que a culpa foi nossa.

    No meio disto tudo, aquele bebé não teve a oportunidade de conhecer este mundo.

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  6. Pois concordo plenamente contigo. Essa dor há-de viver para sempre dentro dela. Espero sinceramente que consiga dar a volta. O médico também teve culpa. Infelizmente a maior perda foi a do bebé. Mas agora não deves pensar muito nestas coisas, é impressionante como quando estamos grávidas as histórias menos boas vem todas ter connosco. Goza a tua gravidez e aproveita bem a tua menina. E pensa só em coisas boas.;) Estas angústias não são saudáveis. Beijinhos

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